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Consciência Ambiental: O Desafio do Novo Século


Ano: 2007

Local: Aurora do Pará/PA

Financiador: Secretária de Estado do Meio Ambiente - SEMA

Função IVR: Execução


O Projeto


Este trabalho é mais um, de caráter educativo a ser realizado com a parceria da Prefeitura do município de São Miguel do Guamá e executado pelo Instituto Vitória Régia, visando o desenvolvimento sócio-econômico-ambiental das populações do referido município. Este projeto prevê três pontos primordiais para que sua execução obtenha êxito: A organização social, a capacitação técnica dos cidadãos e a discussão acerca das questões ambientais debatidas no mundo.


O projeto se constitui em essência no aperfeiçoamento e qualificação de mão de obra de uma população carente do interior do Estado, visando também a descentralização das ações estratégicas com os núcleos urbanos mais prósperos do Estado do Pará. O Instituto Vitória Régia espera com esse trabalho que cada vez mais consiga conscientizar a população de que somente ela tem o poder de mudar a realidade em que vive utilizando-se de instrumentos burocráticos eficazes para que se possam viabilizar projetos de melhoria de renda e qualidade de vida. O projeto em sua essência é de educação, buscando trazer novos conhecimentos às populações mais carentes desse município que possui baixos níveis de educação em comparação com os demais municípios do Estado do Pará. As ações serão esclarecedoras e buscarão revisar os conhecimentos propedêuticos mais antigos até chegar nos dias atuais, buscarão ainda sensibilizar as pessoas para a questão infra-estrutural do município de São Miguel do Guamá.


O PROJETO Consciência Ambiental o Desafio do Novo Século é um projeto que tem como premissa sensibilizar através de ações de educação sócio-ambiental, os moradores do município de São Miguel do Guamá, visando contribuir para amenizar os problemas enfrentados por seus moradores, entre os mais intensos destaca-se a saúde pública. O presente Projeto prevê ações de organização social, visando difundir informação e conhecimento sobre a questão ambiental urbana e na zona rural com ênfase na destinação do lixo, contribuindo para mudar os hábitos das comunidades do Município. Serão mobilizadas as lideranças dessas comunidades para se conseguir uma melhor conscientização para aplicação dessas atitudes na prática no cotidiano. Serão mobilizados também os alunos do ensino médio para essa questão a fim de ampliar as ações para os jovens que no nosso entendimento têm o poder maior de mudar as relações com o meio ambiente.


Justificativa


O presente projeto propõe levar informações sobre a temática do lixo e a sua relação com o meio ambiente aos bairros da sede do Município de São Miguel do Guamá, na zona urbana e zona rural de algumas comunidades, buscando alertar e mudar os hábitos de seus moradores sobre o condicionamento e destinação do lixo como forma de preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da população. O grande desafio é como conter esta geração desenfreada de lixo, sem conter o desenvolvimento.


A resposta repousa na educação ambiental, cujo alcance será capaz de frear o consumo através de uma reflexão mais aprofundada sobre os hábitos e consumos e no desenvolvimento de novas tecnologias de tratamento que tragam resultados eficientes em termos de diminuição de consumo e no tratamento dos altos volumes

Este projeto visa essencialmente criar uma melhor conscientização sobre as possíveis causas dos problemas sócio-ambientais que possam influenciar negativamente na vida do ser humano, com enfoque na saúde, a partir da identificação desses problemas e explicação dos males que os mesmos possam causar nos diversos ecossistemas. Abaixo detalhamos um dos principais problemas do crescimento desordenado dos grandes centros urbanos que desencadeiam para todas as cidades menores.


A palavra lixo é proveniente do latim lix, que significa cinza ou lixívia, ou do verbo lixare que significa polir, desbastar, arrancar o supérfluo. De acordo com o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, “Lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor”. Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o lixo como “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou liquido, desde que não seja passível de tratamento convencional”. Nas discussões levantadas durante a execução do relatório final da Política Nacional de Resíduos Sólidos definiu-se:


Lixo: Os resíduos sólidos comuns, ou a essa classificação equiparados, produzidos, individual ou coletivamente, pela ação humana, animal ou por fenômenos naturais, nocivos a saúde, ao meio ambiente e ao bem estar da população urbana, não enquadrados como resíduos perigosos.


Em todo o mundo, as questões que cercam a produção e destinação final do lixo são temas recorrentes. Em 1050, a geração mundial de lixo era de 0,5 Kg/hab.dia. em 2000 passou para 2,0 Kg/hab.dia nos países desenvolvidos. No Brasil, a média de geração per capita, gira em torno de 0,7 Kg/hab.dia. nos grandes centros urbanos alcança 1,0 Kg/hab. dia.

Estima-se que a população mundial (mais de 6 bilhões de pessoas) esteja gerando aproximadamente 30 milhões de toneladas de lixo por ano. Avalia-se que uma pessoa seja capaz de gerar, durante toda sua existência, uma media de 25 toneladas de lixo.


Objetivos


Desenvolver ações de educação sócio-ambiental nos bairros da sede do Município de São Miguel do Guamá e nas comunidades da zona rural: Comunidade Paraíso, Comunidade Colônia Nova, Comunidade São Francisco e Comunidade Famogel, objetivando difundir informação e conhecimento sobre a questão sócio-ambiental visando mudanças nas práticas e hábitos dos moradores em relação ao condicionamento e destinação do lixo e uma possível alternativa de reciclagem como alternativa para a geração de ocupação e renda.


Específicos


  • Informar aos moradores sobre os males causados pelo mau tratamento dado ao lixo;

  • Esclarecer à comunidade sobre a importância do meio ambiente (questões climáticas e preservação dos recursos naturais – fauna e flora) e do desenvolvimento sustentável;

  • Desenvolver ações de acondicionamento, destinação e reciclagem do lixo;

  • Desenvolver ações de conhecimentos básicos sobre os recursos hídricos, cuidados com a água potável ingerida e alimentação nutritiva;

  • Desenvolver ações de reflorestamento;

  • Identificar ações de degradação ambiental.


Publico Alvo


O público alvo do projeto serão as comunidades rurais: Comunidade Paraíso, Comunidade Colônia Nova, Comunidade São Francisco e Comunidade Famogel. Além das pessoas dessas comunidades, serão ministrados cursos ás comunidades da zona urbana, onde serão atingidas no total entre a área rural e urbana, cerca de 150 (cento e cinqüenta) famílias, contabilizando 750 (setecentos e cinqüenta) pessoas a serem beneficiadas direta e indiretamente. Esses integrantes dessas comunidades serão selecionados pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município, com base na confirmação de participação e ratificados pela coordenação do Instituto Vitória Régia. 


A distância das comunidades rurais para a sede do município é estimada em 40 (quarenta) quilômetros. O critério mais importante estabelecido para o projeto é o compromisso de participação nas ações, não importando o grau de escolaridade da pessoa e nem a sua profissão, pois conforme contato com a prefeitura e de acordo com os dados do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) esse município se enquadra em baixos níveis. A população do município em sua maioria são agricultores, que vivem nas zonas rurais e poucos têm acesso a uma educação de qualidade em virtude de diversos fatores.


Resultados


Articulação e parceria


A mobilização comunitária está sendo efetuada ativamente pela prefeitura, auxiliando tanto na logística dos cursos de capacitação como na confecção dos diagnósticos e apoio nas visitas técnicas junto a alguns locais de degradação ambiental.


As coletas dos dados para a preparação do diagnóstico sócio-ambiental de todas as comunidades transcorreu na sua normalidade, tendo nos surpreendido pela boa aceitação pela população das zonas rurais, reclamando pela falta de apoio junto aos mesmos, sendo visível seu entusiasmo para a participação nas etapas do projeto que aconteceu posteriormente conforme detalhamos a seguir. Ressaltamos ainda que o relatório do diagnóstico mais os formulários com as coletas de dados serão anexados ao relatório final, em conformidade com a prestação de contas do projeto previsto no referido Convênio.


Aspectos Positivos das Capacitações


A receptividade dos cursos de Educação Ambiental, complementados pelos de Educação na Saúde, tiveram grande receptividade nas comunidades, uma vez que foram apontadas as implicações da destinação do lixo e seu impacto na saúde humana, fato que muitos desconheciam. A participação nos seis cursos realizados foi muito boa, atingindo 136 (cento e trinta e seis participantes). De todas as comunidades da zona urbana e da zona rural.


No módulo do curso de Organização Social, foram observados a situação documental da associação, o se grau de organização, foi falado sobre ações de cidadania como deveres e obrigações. Esse curso foi importante para os mesmos, apesar de alguns poucos já terem recebido capacitação de organização social e associativismo. Comentaram a pouca atuação dos órgãos de apoio aos mesmos e reforçaram a atuação de entidades de apoio ao processo produtivo dos mesmos como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA em projetos de desenvolvimento rural e urbano.


As expectativas de uma mudança comportamental, quanto à preservação do meio ambiente, são muito boas, segundo avaliação da Equipe Técnica e dos participantes, afinada com as metas do projeto;


Aspectos Restritivos das Capacitações


Devido ao inverno regional, fomos obrigados a alterar as comunidades beneficiárias previstas inicialmente. A dificuldade de acesso nos mostrou a precariedade em que vivem os ‘moradores da zona rural, pois não possuem saneamento básico nem água encanada conforme registrado no diagnóstico. Por outro lado é observado a vida calma e bucólica dos moradores, com pouca poluição. Alguns fazem parte de assentamentos do Instituto Nacional de Reforma Agrária – INCRA, e aguardam maior desenvolvimento da região sem muita preocupação com a degradação ambiental que possa ocorrer por conta desse suposto “desenvolvimento”.


Quanto ao lixo e sua destinação, ainda há muito o que fazer, pois há grande quantidade espalhada no entorno das comunidades rurais e nos dois bairros da zona urbana na forma de entulhos. Observamos que em mitos casos na zona rural, os moradores continuam enterrando ou queimando o seu lixo, degradando o meio ambiente com grande excesso de plástico.  


Conclusões


Observamos que as ações previstas no projeto ocorreram dentro da normalidade com alguns problemas de percursos que são considerados nas etapas de qualquer projeto. O mais importante é que esses óbices não impliquem no atingimento dos objetivos e das metas do projeto o que tem ocorrido a contento. Nessa segunda fase, iremos dar continuidade aos cursos em todas as comunidades e as visitas técnicas visando atingir o objetivo proposto e conseguir enfim a melhoria de vida dessas populações.


Galeria de fotos



Projeto executado no período de 05 de dezembro de 2007 a 04 de maio de 2008, com número do convênio 005/2007.


#AURORADOPARA #FORMACAO #PROJETO #SEMA #2007


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